Entre Nós

sábado, 27 de novembro de 2010
Estou eu para aqui no zapping, e eis senão quando me deparo, na Sic Mulher, com o programa "Entre Nós", e vejo uma entrevista totalmente falada em inglês com o Tommy Hilfiger. Para já, os meus parabéns ao programa por conseguirem um convidado tão conceituado, não só um empresário mas também um empreendedor de sucesso, uma grande personalidade a nível global.

Mas o que me prendeu à entrevista, além do seu conteúdo, foi o excelente inglês da apresentadora, Adelaide de Sousa. Minha querida, parabéns, deve ser das poucas pessoas em Portugal, pelo menos as mais conhecidas ligadas à comunicação, com um inglês tão bom. Boa construção de frases, boa pronúncia, boa dicção, muito boa fluência, sabe quando dizer as palavras completas e quando abreviar, sim senhora, fiquei impressionada! *Clap, clap, clap.*

Na era em que vivemos, acho importantíssimo um bom domínio da língua inglesa, e muito pouca gente o tem. A maioria sabe ouvir melhor que falar, outros até têm um vocabulário extenso mas em termos de pronúncia não valem um tostão furado, e outros nem construir frases sabem. Sou um bocado paranóica com os erros... sejam eles de português ou de inglês. Por isso, quando estou a ouvir pessoas a falar inglês, quando esta não é a sua primeira língua, eu detecto logo imensas falhas na pronúncia, na dicção e na fluência.

O mesmo com o português, mas isso acontece com portugueses a falar na sua língua materna. É o "tu fizestes", é o "deve de ser", é o "há-des"... é tanta coisa que eu quase tenho um esgotamento nervoso, porque quero desesperadamente corrigir as pessoas mas sei que não posso estar constantemente a fazê-lo! Na escrita a mesma coisa, muita gente não sabe quando usar "á", "à" ou "há", não sabe quando usar o hífen, e ainda há outra que me põe para lá de furiosa que é a divisão da palavra "porque" em "por que" quando não o devem fazer. E nem me ponham a falar sobre o acordo ortográfico! Não me ponham coisas "abrasileiradas" à frente, e me digam que aquilo é português, que sujeitam-se a levar um tabefe tão grande que nem o vêem chegar! Que se dane o acordo, eu escrevo em português! E fico piursa quando leio publicações supostamente portuguesas que já seguem o acordo, só me apetece desfazê-las em pedacinhos!

Se a moda pegar nos livros, terei de deixar de ler em português e passar a ler só em inglês... raios.




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